Opinião

A história de Lizzie é baseado em fatos reais. E só baseado mesmo, porque a referência que se tem sobre os assassinatos que ocorreram em 1892 são artigos de jornal da época. O resto, são elocubrações do diretor Craig William Macneill.

Licenças criativas que ora funcionam, ora nem tanto. Mas a história da criada irlandesa (Kristen Stewart, também em Personal Shopper) que é contratada pela família Borden e se apaixona por Lizzie (Chloë Sevigny), a filha rebelde, vai falar sobre o duplo assassinato cruel que ocorreu na família, mas também aproveita pra descrever a sociedade extremamente machista dos Estados Unidos da época.

Lizzie é mais uma personagem garimpada na história, trazida à tona num momento em que é preciso falar da sociedade machista feita pelo homem branco. Mas não tem nada de novo, é bem déjà vu, inclusive – abuso de poder, estupro, violência física e psicológica contra a mulher. Se algo se destaca, é a própria Lizzie, uma personagem com vigor. Porque Kristen Stewart ainda não consegue convencer no suspense.