ROSEMEAD
Opinião
ROSEMEAD é o nome de uma cidade da Califórnia, mas tenho a impressão de que o título genérico tenha a intenção de não adjetivar os personagens pra não julgá-los. Assim, o diretor Eric Lin deixa a cargo do espectador essa tarefa, já sinalizando que provavelmente você não sairá desta história imune, mesmo com clichês sobre saúde mental permeando a história e mesmo com a previsibilidade da cena seguinte.
ROSEMEAD venceu o prêmio do público no Festival de Locarno e traz Irene, uma mulher sino-americana que tem uma gráfica e mora sozinha com o filho de 17 anos, Joe, depois que o marido faleceu. Já de cara sabemos que Joe enfrenta problemas na escola, que não se comunica facilmente com a mãe e que sua introspecção vai além de um comportamento típico pra idade. Pra piorar, enquanto Joe enfrenta questões importantes de saúde mental e é diagnosticado com esquizofrenia, Irene faz tratamento contra o câncer e inquieta-se cada vez mais com o filho distante e a possibilidade de ele ferir alguém.
Enquanto as enfermidades se acentuam, as decisões ficam cada vez mais difíceis e urgentes. E quando nos damos conta de que é baseado em fatos reais, a dimensão é outra.

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