SANTUÁRIO – Sanctum

Cartaz do filme SANTUÁRIO – Sanctum

Opinião

Desastres naturais ou acidentes normalmente geram boas histórias – mais recentemente tivemos o soterramento dos 33 mineiros no Chile, que será adaptado para a telona. Há roteiros interessantes sobre a temática dos desastres, mas nem sempre sua adaptação consegue fugir do fatalismo e do melodrama. Por isso, a escolha de Santuário como filme da semana. A princípio, parece ficção, mas conta uma história real, usa e abusa da terceira dimensão, com as mesmas técnicas de Avatar, o que dá ao incidente uma veracidade que chega a ser aflitiva – embora o roteiro esteja cheio de clichês. Portanto, aos claustrofóbicos, fica a dica: os cinemas estão cheios de boas opções, para se divertir, se emocionar, pensar. Se só de pensar no que eu disse você já se angustia, não se aventure em Santuário, porque realmente tive a impressão de ter de lutar para sobreviver, assim como cada um dos personagens do filme. Mas para quem gosta de uma aventura.

A sobrevivência desta vez é debaixo da terra e da água e contou com a experiência de James Cameron (diretor de Avatar), que adaptou o equipamento 3D para as filmagens submersas. Conta a angustiante história da exploração de um remoto e gigantesco complexo de cavernas na Austrália. O objetivo da expedição era mapear os inúmeros túneis da caverna submersa e encontrar a sua saída para o mar. Mas uma mudança brusca nas condições climáticas fecha as saídas e os exploradores e mergulhadores ficam presos lá dentro. Interessante saber que o roteirista Andrew Wight era um deles – o que dá ainda mais veracidade para todo o drama. Para quem gosta desse tipo de filme, que cria angústia pela sobrevivência, que ressalta a convivência entre as pessoas sempre no limite, a necessidade de liderança e de decisão, a história é muito boa. E quase inacreditável – se não fosse a sensação genuína de estarmos, também, debaixo da água.

Estreia dia 04 de fevereiro nos cinemas.

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