TUDO SOBRE MINHA MÃE – Todo Sobre Mi Madre

Cartaz do filme TUDO SOBRE MINHA MÃE – Todo Sobre Mi Madre

Opinião

Tudo Sobre Minha Mãe completa, juntamente com Volver Fale com Ela, a trilogia de Almodóvar – o que são seus três grandes e emblemáticos filmes.

Este é o primeiro dos três, rodado em 1999. Ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro e Almodóvar levou para casa o prêmio de melhor diretor em Cannes, além de tantos outros. Tem tudo o que caracteriza Almodóvar (mulheres, cor, dramas, polêmica e relações familiares intensas), com a vantagem de este ter sido o primeiro dos três. Portanto, aqui não dá para dizer que seu estilo se repete. Pelo contrário: foi com Tudo Sobre Minha Mãe que o diretor espanhol finca definitivamente seu modo de ver o mundo no panorama do cinema internacional.

Tudo Sobre Minha Mãe faz referência ao clássico Um Bonde Chamado Desejo. É no teatro que Manuela (Cecilia Roth, também em Ninho Vazio) encena essa história e todo o filme se desenrola com essa homenagem ao fundo. Ao perder o filho, que morre atropelado, Manuela tem que rever suas relações e seus propósitos e encontra, em cada uma das mulheres que cruza seu caminho (Huma, Nina, Agrado, Rosa e Rosa) uma identidade, uma razão para seguir em frente. Na realidade, esse aspecto é o que mais me encanta em Almodóvar: falar de assuntos árduos como o preconceito, a AIDS, a morte prematura, a difícil relação entre mãe e filha, a maternidade e o amor frustrado com cor, humor e sensibilidade (temas fortemente presentes também no mais recente Abraços Partidos).

Vale ver e rever. As questões tratadas são próprias de gente comum, sem vencidos ou vendecores, simplesmente dramas humanos. Ou melhor, essencialmente femininos.

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