3º FESTIVAL CURTA! DOCUMENTÁRIOS JÁ ESTÁ NO AR!

Já está no ar a 3ª edição do Festival Curta! Documentários pra você garimpar à vontade. E é à vontade mesmo: o festival, apresentado pela Claro, é gratuito e online. Portanto, você acessa de qualquer lugar do Brasil, sem pagar nada. Um deleite pra quem já curte o gênero e uma oportunidade imperdível pra quem ainda não sabe bem onde buscar documentários. 

Então, fica a dica: de 2 de junho a 2 de julho, você acessa mais de 150 obras brasileiras, cuidadosamente selecionadas pela curadoria do festival. É só entrar no site festivalcurtadocs.org.br , garimpar e depois votar no seu favorito. A participação do espectador no júri popular é uma maneira de aproximar ainda mais as obras dos cinéfilos e valorizar essa conexão que só o cinema proporciona. Também haverá um júri técnico composto por jornalistas, escritores e personalidades como a atriz Marieta Severo, o psicanalista Christian Dunker e a filósofa Sueli Carneiro. As produções vencedoras escolhidas pelos dois júris serão contempladas com prêmios que somam até R$ 170 mil. Assim, o Festival Curta! Documentários reforça seu papel como um espaço essencial de fortalecimento do audiovisual brasileiro.

Pra ficar ainda mais fácil, as obras estão agrupadas em duas mostras. A mostra Produção Canal Curta! reúne 24 títulos de filmes e séries com histórias relevantes sobre o mundo contemporâneo, além de biografias de personalidades históricas como Freud (Para Ver Freud) e Santos Dumont (Santos Dumont, o Céu na Cabeça); de nomes do ativismo e da política, como Brizola (Leonel Brizola) e Davi Kopenawa (Watoriki); da literatura, como Zélia Gattai (Zélia – Memórias e Saudades ) e Augusto de Campos (Artéria: Poesia em Revista); e de mulheres inspiradoras como Dandara dos Palmares (Libertárias: Mulheres Inspiradoras na História do Brasil) e Heloisa Teixeira (O Nascimento de H. Teixeira). 

Já na mostra Outras Janelas, as séries e filmes estão divididas em duas categorias: Artes e Humanidades. As temáticas são aquelas que dialogam intimamente conosco como a Amazônia (Amazônia – Arqueologia da Floresta), a luta por direitos feministas (Lobby do Batom), o patrimônio histórico e a arquitetura nacional (O Bixiga é Nosso!) e manifestações culturais como teatro de rua (Teatro de rua (r)existe). Um conteúdo de primeira linha que instiga nossa curiosidade, traz conhecimento e reflexões.

Além da programação completa online já disponível no site, haverá eventos presenciais como as “Salas de Montagem”, masterclasses e painéis sobre o mercado audiovisual, que serão divulgados em breve. Enquanto isso, uma maratona de documentários brasileiros, com o que há de mais relevante na produção atual, te espera! Bom garimpo!

O Cine Garimpo apoia o Festival Curta! Documentários, sempre acreditando no potencial do audiovisual de formar público consumidor de cultura, conectar pessoas e transformar a sociedade.

 

 

3º FESTIVAL CURTA! DOCUMENTÁRIOS divulga Mostra Produção Canal Curta!

3º Festival Claro Curta! Docs tem Brizola, Freud, Helô Teixeira e Arnaldo Antunes

Mostra especial reúne 92 obras exibidas no Canal Curta!. No 3º Festival 150 documentários concorrem a até R$ 170 mil em prêmios atribuídos pelo público online e pelo júri de especialistas

Diretores consagrados, como Lírio Ferreira e Helena Solberg, e estreantes talentosos, como Marcelo Janot, estão por trás dos 24 títulos de filmes e séries em episódios — somando um total de 92 conteúdos — selecionados para a mostra Produção Canal Curta! do 3º Festival Claro Curta! Documentários, apresentado pela Claro. Viabilizadas pelo Curta! por meio do Fundo Setorial do Audiovisual, essas produções estrearam no canal entre junho de 2024 e maio de 2025, e se destacam pela relevância de seus assuntos e personagens: do político Leonel Brizola ao psicanalista Sigmund Freud, da escritora Heloisa Teixeira ao cantor e poeta Arnaldo Antunes, do xamã Davi Kopenawa à atriz Clarice Niskier, do inventor Santos Dumont ao inventivo músico Hermeto Pascoal, entre outros.

Em sua terceira edição, o Festival Claro Curta! Documentários celebra o melhor da produção audiovisual brasileira exibindo gratuitamente, entre 2 de junho e 2 de julho, mais de 150 obras divididas em duas mostras. O patrocínio é da Claro através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. 

Além dos 92 conteúdos da mostra Produção Canal Curta!, o público pode conferir mais de 60 produções da mostra Outras Janelas, composta por filmes e séries documentais brasileiros produzidos a partir de 2022, com CPB emitido, com ou sem exibição prévia em televisão/VOD. Ela é dividida em duas categorias: artes e humanidades. Nesta edição, o festival também planeja eventos presenciais que incluem as esperadas “Salas de Montagem” — sessões de obras em finalização —, uma masterclass e painéis sobre o mercado audiovisual.

As produções participantes do festival concorrem a prêmios que somam mais de R$ 170 mil, distribuídos por um júri popular e um técnico. Na votação do público, serão eleitos os melhores conteúdos de “artes” e de “humanidades”, que ganharão R$ 10 mil, cada. Haverá também o Prêmio Aquisição Canal Curta!, ao qual serão destinados R$ 30 mil para que a obra vencedora seja exibida no canal promotor do festival, com direitos disponíveis. Por sua vez, o júri especializado, composto por jornalistas, escritores e personalidades da cultura, escolherá dois conteúdos — um de arte e outro de humanidades — da mostra Produção Canal Curta! para receberem R$ 20 mil, a partir de finalistas também indicados pelo Júri Popular, além de destacar uma obra com relevância para o mercado educacional. Parceiros do festival, a LuzRio e Quanta também irão oferecer prêmios aos vencedores.

Confira abaixo a lista dos filmes e séries selecionados para a mostra Produção Canal Curta!:

Artéria: Poesia em Revista

Direção: Bruna Callegari

 

Arte da Diplomacia

Direção: Zeca Brito

 

Brasil Visual – 2ª temporada (13 episódios)

Direção: Rosa Melo

 

Caixa Postal (sete episódios)

Direção: Letícia Simões e Hilton Lacerda

 

Cinéticas (dez episódios)

Direção: Caroline Margoni

 

Clarice Niskier: Teatro dos Pés à Cabeça

Direção: Renata Paschoal

 

Dois Sertões

Direção: Vagner Bozzetto

 

Instantes Cruzados – 2ª temporada (oito episódios)

Direção: Sérgio Bloch

 

Leonel Brizola

Direção: Marco Abujamra

 

Libertárias: Mulheres Inspiradoras na História do Brasil (oito episódios)

Direção: Rodrigo Grota

 

Na Trilha do Cinema (nove episódios)

Direção: Hewelin Fernandes

 

Na Trilha do Som (oito episódios)

Direção: Marcelo Janot

 

O Menino D’Olho D’Água

Direção: Lirio Ferreira e Carolina Sá

 

O Nascimento de H. Teixeira

Direção: Roberta Canuto

 

O Outro Lado da Moeda

Direção: Rogério Pixote e Lívia Maria Cappelari

 

Para Ver Freud (cinco episódios)

Direção: Lyana Peck

 

Potências da Imagem (cinco episódios)

Direção: Eduardo Goldestein e Evângelo Gasos

 

Santos Dumont, o Céu na Cabeça

Direção: Éder Santos e Monica Cerqueira

 

Uakti

Direção: Eder Santos

 

Um Filme Para Beatrice

Direção: Helena Solberg

 

Watoriki

Direção: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha

 

Zélia – Memórias e Saudades (seis episódios)

Direção: Carla Laudari

 

3º FESTIVAL CURTA! DOCUMENTÁRIOS

 

 

 

FESTIVAL CURTA! DOCUMENTÁRIOS divulga os selecionados para a mostra OUTRAS JANELAS. Então, se você é fã de festival, já fique ligado; se ainda não tem o costume de fazer esse garimpo, esta é uma oportunidade imperdível.

Vem aí a 3ª edição do FESTIVAL CURTA! DOCUMENTÁRIOS, online e gratuito, entre 2 de junho e 2 de julho, no site festivalcurtadocs.org.br . Acessível a todos, é a chance de conhecer novos cineastas e mergulhar em novas curtas histórias que trazem não só nosso cinema pra mais perto, mas também nossas histórias sempre tão diversas.

Festival de cinema é sempre uma celebração, um palco que joga luz em produções dos mais diferentes gêneros. Se a gente quiser (e queremos!), temos festivais rolando praticamente todos os dias do ano. E não dá pra negar que o digital nos aproxima de obras a que não teríamos acesso. Como documentários estão cada vez mais em alta, é a hora de se preparar para acompanhar de perto o Festival Curta! Documentários, que divulgou a seleção da mostra Outras Janelas, dividida em duas categorias: artes e humanidades. Em breve também será divulgada a seleção da Produção Canal Curta!, com documentários e séries independentes que estrearam na grade do canal entre junho de 2024 e maio de 2025.

O festival conta com patrocínio da Claro através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. O Cine Garimpo apoia esta iniciativa e vai acompanhar e divulgar tudo bem de perto pra você não perder nada. Das mais de 400 obras inscritas, a curadoria do canal Curta! selecionou aquelas que mostraram mais relevância temática, qualidade técnica e originalidade.

As produções participantes do festival concorrem a prêmios que somam mais de R$ 170 mil, distribuídos por um júri popular e um técnico. Na votação do público, serão eleitos os melhores conteúdos de “artes” e de “humanidades”, que ganharão R$ 10 mil, cada. Haverá também o Prêmio Aquisição Canal Curta!, ao qual serão destinados R$ 30 mil para que a obra vencedora seja exibida no canal promotor do festival, com direitos disponíveis. Por sua vez, o júri especializado, composto por jornalistas, escritores e personalidades da cultura, escolherá dois conteúdos – um de arte e outro de humanidades – da mostra Produção Canal Curta! para receberem R$ 20 mil, a partir de finalistas também indicados pelo Júri Popular, além de destacar uma obra com relevância para o mercado educacional.

Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa

 Lobby do Batom: Memórias para a Posteridade, de Gabriela Gastal

 Elton Medeiros – O Sol Nascerá, de Pedro Murad

O Som da Pele, de Marcos Santos

O Bixiga É Nosso, de Rubens Crisipim Jr.

Presença, de Erly Vieira Jr.

Saberes Quilombolas, de Plínio Gomes e Bruno Saphira

Toada para José Siqueira, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques

Teatro de rua (r)existe – o filme, de Daniela Israel, Alexandre Vargas

Ouvidor, de Matias Borgström

Acorda, Cajueiro!, de Guga Carvalho

Poemaria, de Davi Kinski

As cores e amores de Lore, de Jorge Bodanzky

O Avô na Sala da Estar: a Prosa Leve de Antonio Candido, de Fabiana Werneck e Marcelo Machado

Antunes Filho – Do Coração para o Olho, de Cristiano Burlan

Quatro dias com Eduardo, de Victor Hugo Fiuza

Um Corpo Só, de Carlos Nazario

Primo da Cruz, de Alexis Zelensky

Mercearias de Beagá,  de Marcos Lôndero e Nani Rodrigues

Um Arquivo, Dois Ofícios, de Maria Julia Andrade

Os sonhos guiam, de Natália Tupi

Direito de Sonhar, de Theresa Jessouroun

Retomada, de Ricardo Martensen

As Primeiras, de Adriana Yañez

Praia da Saudade, de Sinai Sganzerla

Nossa Pátria Está Onde Somos Amados, de Felipe Hirsch

Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli

Macaléia, de Rejane Zilles

O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo

A Noite das Garrafadas, de Elder Gomes Barbosa

Quantos Dias. Quantas Noites, de Cacau Rhoden

Miúcha, a voz da Bossa Nova, de Liliane Mutti; Daniel Zarvos

Amazônia – Arqueologia da Floresta (2ª Temporada), de Tatiana Toffoli

Sombras Sobre o Continente, de Renato Tapajós, Hidalgo Romero, Julio Matos

Olhares do Norte: Pará, de Adrianna Oliveira, Matheus Almeida do Nascimento, Thiago Pelaes, Fernando Segtowick

Homo Brasilis – 2a temporada, de Bianca Lenti, Guilherme Fernánd

 

É TUDO VERDADE _ 2024

De 3 a 14 de abril, o É TUDO VERDADE apresenta sessões gratuitas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nesta 29ª edição, o FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS conta com 77 títulos, de 34 países, longas e curtas, além de uma programação especial com atividades de formação como palestras e conferências.

Para acessar a PROGRAMAÇÃO: CLIQUE AQUI

Para celebrar o É Tudo Verdade, o podcast Sessão Cine Garimpo apresenta um episódio dedicado ao gênero documental, que você pode acessar no link abaixo:

  • episódio #9: Vai um documentário aí?, por Suzana Vidigal (podcast Sessão Cine Garimpo, disponível nas plataformas de áudio)

Seguem alguns filmes da seleção de 2024 que já assisti e recomendo:

UM FILME PARA BEATRICE, de Helena Solberg (Brasil, 2024)

  • O que dá origem ao documentário é uma história curiosa: em 1968, Helena inscreve o filme “A entrevista” no Prêmio de Colli, na Itália; mais de 50 anos depois uma jornalista chamada Beatrice Andreose encontra este filme em perfeitas condições e entra em contato com Helena. No filme A entrevista, Helena conversa com mulheres com formação semelhante à dela pra falar da condição da mulher brasileira naquela época. Beatrice fica curiosa e quer saber mais sobre nós, mulheres brasileiras, e Helena então se debruça sobre sua própria filmografia revisitando suas reflexões sobre o Brasil e a América Latina. Conversa com pessoas hoje pra refletir sobre a trajetória feminina e entender em que ponto estamos. Tem política, tem feminismo, tem negritude, tem machismo, tem religião, tem paternalismo, tem política de novo. São análises riquíssimas sobre quem queremos ser.

HOJE É O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA SUA VIDA, de Bel Bechara e Sandro Serpa (Brasil, 2024)

  • Em 2021, Bel e Sandro recebem a notícia de que chegou a sua vez na lista de espera da adoção. Um bebê de 4 meses integrará a família e eles documentam todo o processo neste filme intimista. Trazendo suas angústias, alegrias e reflexões, o casal conta como a chegada do pequeno muda suas vidas. A mais bela reflexão fica por conta da responsabilidade de criar um menino que não seja machista. Decidem subverter o padrão da posição dos sobrenomes materno e paterno, dando à mãe a posição considerada mais importante pelo patriarcado.

O COMPETIDOR (The Contestant), de Clair Titley (Reino Unido, 2023)

  • O filme nos coloca numa situação incômoda, cada vez mais comum hoje em dia. O COMPETIDOR conta a história de um programa de televisão no Japão nos anos 1990 cujo produtor queria ganhar notoriedade e entreter as pessoas a qualquer custo. Anos antes de surgir o Big Brother, ele criou um programa em que um sujeito apelidado de Nasubi foi mantido por 15 meses dentro de um quarto, nu, sozinho e com comida racionada e de péssima qualidade. 

    Nasubi tinha um desafio: sua missão era preencher os cupons das revistas pra tentar ganhar prêmios. Quando atingisse a meta, seria libertado. Sem que soubesse, foi monitorado 24 horas, 7 dias por semana, com transmissão nacional pela tv japonesa para milhões de espectadores. Mas peraí, já vimos este filme. O Show de Truman, filme de ficção feito anos mais tarde, é exatamente isso. Numa situação abusiva e tóxica, a saúde mental e física é testada no limite, mostrando o nível de ambição e crueldade do ser humano, tanto da mídia, que produz entretenimento às custas do sofrimento de alguém, quanto dos espectadores, que consomem este tipo de produto sem questionar a violência intrínseca, o desrespeito e a invasão de privacidade. Convenhamos: é um triste prenúncio do Big Brother e da transformação de pessoas em meros produtos de marketing. O desfecho é surpreendente e é tudo verdade!

CENTO E QUATRO (One hundred four), de Jonathan Schörnig (Alemanha, 2023)

  • Cento e quatro pessoas estão à deriva num bote de borracha furado, perto da fronteira da Líbia. Vindos de países africanos, buscam refúgio na Itália, mas neste barco afundarão em breve. Acompanhamos o resgate desses refugiados em águas internacionais através de 6 câmeras, pressionados pelo tempo que o barco resistirá, pela possibilidade de patrulhas líbias violentas surgirem, pela dificuldade de conseguir autorização para desembarcar na Itália ou França. Angustiante, CENTO E QUATRO é um retrato importante dessa ação de resgate humanitário.

E ASSIM COMEÇA (And so it begins), de Ramona S. Diaz (EUA, Filipinas, 2024)

  • As eleições de 2022 são pano de fundo para a reflexão sobre a política no país, seu histórico de corrupção e perseguição à opositores e jornalistas. Quem tem voz aqui é a jornalista Maria Ressa, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e cofundadora do veículo de jornalismo investigativo, que traz sua experiência de censura, opressão e violência sofridas pelo governo para refletir sobre o poder e a política naquele país. 

O CINEMA POR DENTRO (The cinema within), de Chad Freidrichs (EUA, 2023)

  • Pra pensar sobre as ferramentas do fazer cinema,  a edição é peça-chave para o entendimento de um filme, já que o ponto de vista do diretor depende de uma edição coerente com o tom que ele quer transmitir. Este filme constrói uma linha de raciocínio que mostra a importância da montagem na construção da história na nossa mente.

     Baseado em uma pesquisa feita por uma estudiosa com moradores das montanhas da Turquia que nunca tinham visto um filme na vida, o diretor vai discorrer sobre a importância de a edição simular o nosso processo mental. Nossa mente estabelece relações entre o que vemos e nosso conhecimento prévio de mundo o tempo todo e a edição tem que surtir o mesmo efeito pra que aquela história transmitida na tela faça sentido. Acompanhar uma narrativa e envolver-se com ela depende de como nosso cérebro é capaz de processar os signos colocados ali pelo diretor, considerando que produzimos fragmentos da realidade o tempo todo, observando tudo que acontece ao nosso redor. Numa edição sensível e cuidadosa, entre uma piscada d’olhos e outra, acreditamos que tudo aquilo que está na telona é a mais pura verdade. Como num passe de mágica.

50º FESTIVAL SESC MELHORES FILMES

Realizado pelo Sesc São Paulo, o Festival Sesc Melhores Filmes começa na quarta-feira, dia 3, e segue até 24 de abril, oferecendo de forma híbrida uma programação com filmes nacionais e estrangeiros que foram destaques em 2023, além de encontros e atividades com realizadores e pensadores do cinema.

ACESSE A PROGRAMAÇÃO AQUI

O mais antigo festival de cinema de São Paulo celebra 50 anos com mais de 50 títulos em exibição no CineSesc e na plataforma Sesc Digital. Além da exibição dos filmes mais votados, a programação contempla exibições especiais para todos os públicos, como a Faixa Histórica, com dez clássicos do cinema brasileiro restaurados que foram premiados nas cinco décadas do festival. Também a Homenagem a Zezé Motta, com exibição de “Xica da Silva”, de Cacá Diegues, em cópia restaurada.

No dia 10, acontece a Homenagem a Eduardo Coutinho, com a exibição de “Jogo de Cena” (2007) e “Cabra Marcado pra Morrer”, às 20h30, precedido do curta-metragem “Eu fui assistente de direção do Eduardo Coutinho”, de Allan Ribeiro. O festival traz ainda as Sessões Especiais, com quatro filmes brasileiros ainda inéditos nos cinemas, sempre com um bate-papo com a equipe após as exibições. 

CineClubinho exibe gratuitamente “Wonka” (dia 7), precedido de intervenção de “O Inventor de Sonhos – As Fábulas de Leonardo da Vinci”, versão de 45 minutos do espetáculo da Peste Cia de Teatro. E as animações “Perlimps!”, de Alê Abreu (dia 14) e “Elementos” (dia 21).

Nas Atividades Formativas, o público tem acesso gratuito a uma aula especial com diretor brasiliense Adirley Queirós no dia 5. E ao Conversas, com três encontros realizados no saguão do CineSesc, com os temas “Ética no Set”(dia 9), “Dez Anos Sem Coutinho” (dia 10) e “Cinema em Tempos de Inteligência Artificial” (dia 16) .

A plataforma Sesc Digital também recebe programação do Festival Sesc Melhores Filmes, com a disponibilização gratuita de nove títulos. 

Criado em 1974, o Festival Sesc Melhores Filmes é o primeiro festival de cinema de São Paulo. Ele oferece ao público a oportunidade de ver ou rever o que passou de mais significativo pelas telas da cidade. Em 50 anos de realização, o festival já exibiu centenas de longas-metragens brasileiros e estrangeiros. Em 2010, inovou ao ser o primeiro evento do gênero a disponibilizar sua programação com recursos de acessibilidade, como audiodescrição, Libras e legendagem descritiva para assegurar a amplitude da ação do Sesc na atenção aos diversos públicos.

Os ingressos para as sessões do 50º Festival Sesc Melhores Filmes terão valor único de R$10,00. Já as exibições da Faixa Histórica, CineClubinho e Sessões Especiais, com apresentação e debates, serão gratuitas, com retirada de ingresso 1h antes na bilheteria do CineSesc.

PITACOS SOBRE A 74ª BERLINALE

Já se foram 15 filmes da competição e já tem um balanço interessante pra se fazer. Há diversas maneiras de agrupar os filmes: por temas, continentes, idiomas. Diante do que vi por aqui, vamos com este última opção — que é algo que também chama a atenção.

Filmes em francês foram 4: 2 deles, dispensáveis — ou no mínimo inadequados para uma seleção de competição da Berlinale. HORS DU TEMPS, algo como “tempo suspenso”, de Olivier Assayas, revista pandemia e parece deslocado do tempo e do contexto, diante de nada-de-novo-no-reino-da-França. L’EMPIRE, de Bruno Drumont, piora ainda mais e chega a ser ridículo — e me sinto ridícula dizendo isso de um filme da Berlinale. Mas é o que temos pra hoje. Mas, calma: franceses salvos pelo importante documentário DAHOMEY, de Mati Diop e pelo delicado e profundo LANGUE ÉTRANGÈRE, de Claire Burger. Diretoras salvam a alma francesa na Alemanha.

E por falar nisso, em alemão foram 4, sendo 1 da Áustria, o THE DEVIL’S BATH, de Veronica Franz e Severin Fiala. Aliás, junto com FROM HILDE, WITH LOVE, de Andreas Dresen trazem personagens femininas mto, mto potentes. DYING, de Matthias Glasner, tem 3 horas e vale cada minuto desta história sobre família e luto. E morte também está em ARCHITECTON, de Victor Kossakovsky, mas agora no campo da arquitetura com imagens belíssimas num doc sobre o a arquitetura sem vida que construimos neste mundo de concreto.

Em inglês vieram A DIFFERENT MAN, dos EUA, e ANOTHER END, que é da Itália mas não fala italiano. Falam de mundo utópicos (ou distópicos), dependendo do ponto de vista do que a ciência é capaz. A Irlanda trouxe SMALL THINGS LIKE THIS, sobre os excessos das religiões, dialogando com o austríaco e deixando em mim um mal-estar ainda maior com os dogmas e prisões invisíveis em que nos metemos. Quem salva a alma, pasmem, é o Irã, com  MY FAVORITE CAKE, sua história de amor em farsi, porque em espanhol, é só caos: LA COCINA é interessante na sua indigestão e PEPE é tão estranho quanto um hipopótamo na sala colombiana.

Ainda faltam Mauritânia, Tunísia, Itália, Nepal e Suécia. Uma verdadeira torre de babel na telona. (Berlim, 20/02/24)

MOSTRA DE CINEMA ISRAELENSE

Nesta quinta, 27, inicia-se a segunda edição da MOSTRA DE CINEMA ISRAELENSE, organizada numa parceria entre Sesc e Instituto Brasil-Israel (IBI), com apoio do Consulado Geral de Israel em São Paulo. Neste ano, a seleção de 10 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens de ficção e documentários, traz como grande destaque o olhar feminino nas telonas. Todos os filmes são dirigidos por mulheres, apresentando seus olhares e interpretações sobre uma temática contemporânea, a partir da perspectiva israelense, abarcando questões políticas, críticas sociais, utopias, vivências LGBTQIAP+, memória, tempo e família. A exibição dos filmes acontece até o dia 2 de agosto, na plataforma SESC DIGITAL, de forma gratuita para todo o país.

Gêmeas — Mórbida Semelhança

Gêmeos — Mórbida Semelhança , de 1988, de David Cronenberg, com Jeremy Irons no papel duplo, me marcou enormemente. Agora teremos uma releitura feminina da mesma narrativa, com Rachel Weisz na pele das personagens. Em GÊMEAS — MÓRBIDA SEMELHANÇA elas vão desafiar as práticas tradicionais da ginecologia e da obstetrícia, ultrapassando a ética médica.
Dá só uma espiada no trailer da série que tem lançamento programado par 21/04 no Prime Video.