2 COELHOS

Cartaz do filme 2 COELHOS
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Opinião

Quem mata dois coelhos com uma cajadada só acaba se dando bem. Economiza tempo, estratégia e ainda sai ganhando algum dinheiro. No caso de Edgar, ganhar algum dinheiro não é bem o objetivo. O que está em jogo é ganhar muito dinheiro, deixar os malandros da corrupção de mão abanando e ainda, de quebra, ficar com o amor da sua vida sem que ninguém o chateie mais. Seriam 3, os coelhos?

2 Coelhos tem uma estrutura narrativa muito diferente e muito interessante, diga-se de passagem. Aliás, tem cara de videogame, do estilo ação-tiroteios-explosões – e acho que esse é o grande trunfo e ponto a favor da originalidade. Além de ser rapidíssimo e de o vai-e-vem do narrador-personagem ser literalmente exemplificado com desenhos e esquemas na tela, o diretor escolhe embaralhar todos os personagens de forma nada, mas nada linear. Até entendermos a relação do nerd perito em tecnologia Edgar (Fernando Alves Pinto, também em Onde Está a Felicidade?), com Walter (Caco Ciocler), que trabalha no restaurante do pai de Edgar , com a promotora corrupta Julia (Alessandra Negrini) e com os tantos marginais do filme entre eles Maicon (Marat Descartes, também em Estamos Juntos, Trabalhar Cansa, É Proibido Fumar), demora. Não que seja confuso, não é isso. Mas a trama se entrelaça propositalmente, ganhando ao mesmo tempo leveza e jovialidade ao roteiro.

Com esse ritmo acelerado, uma quase-metáfora da mente do jovem de hoje, que pensa e atua em vários campos, do real a o virtual, ao mesmo tempo, o diretor novato Afonso Poyart banca uma linguagem diferente no cinema nacional. Para quem ainda torce o nariz para a produção brasileira, 2 Coelhos e outros tantos filmes brasileiros inovadores provam que tem gente batalhando para dar vida a vários coelhos, no mínimo diferentes do que a gente costuma ver por aí.

 

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