A CORTE – L’Hermine

Cartaz do filme A CORTE – L’Hermine
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Opinião

Fabrice Luchini é um juiz em A Corte – é  duro e sisudo, prima não por julgar o réu, mas por cumprir o que a lei manda. Rígido, é pego num momento frágil: está gripado, recém-divorciado, falam mal dele pelas costas no tribunal. Entra em cena para julgar um caso, diz a que veio, dá as regras do jogo e não tem pra ninguém. Até que sua rigidez e certezas caem por terra quando avista uma das juradas: Ditte (Sidse Babett Knudsen, a atriz sueca de Depois do Casamento), por quem um dia ele se apaixonou.

O pano de fundo é o tribunal, mas o conflito é do coração. Mantendo as hierarquias e cerimônias desse ambiente, Luchini (também em As Mulheres do 6º Andar e Dentro da Casa), Ditte vai amolecendo a cena, vamos conhecendo sua história e sutilmente – e sem qualquer prentesão (adoro isso!), o estranhamento se transforma em algo a mais. Quase que um encaixe. A rigidez vai se derretendo num texto delicioso e numa troca de olhares que prescinde de diálogo, muitas vezes. Final aberto nem sempre é fácil, nem desejável. Mas quando feito com delicadeza, ainda melhor.

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