A JUVENTUDE – Youth

Cartaz do filme A JUVENTUDE – Youth

Opinião

As emoções são tudo o que temos.

A Juventude fala exatamente do contrário. Fala do envelhecimento, de como cada um lida com ele, de como corpo e alma caminham juntos, porém separados muitas vezes nessa difícil fase da vida. Tem tom poético, reforçado pela música, arte, fotografia, cinema e outras tantas referências estéticas que o filme traz. Portanto, aguçar a sensibilidade aqui é quase um pleonasmo – não tem como assistir sem se deixar levar por tanta carga emocional e tanta profundidade. Em todos os sentidos – na imagem, na luz, na música, nos diálogos.

De forma geral, Paolo Sorrentino, também de A Grande Beleza, fala da finitude das coisas, do corpo, das relações. Numa época em que a imagem é o atributo mais valorizado, que envelhece não encontra seu lugar ao sol com facilidade. O corpo entra em declínio, como bem mostra o diretor na cena da piscina, e é preciso refletir sobre a aceitação da passagem do tempo, do término das relações, da morte de pessoas queridas, da ruína da saúde. Assim como a vida jovem, a terceira idade também depende das escolhas que fazemos. A impressão que dá é de que a dinâmica é a mesma, independente da fase da vida. Muda a forma, não o conteúdo.

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