ALABAMA MONROE – The Broken Cicle Breakdown

Cartaz do filme ALABAMA MONROE – The Broken Cicle Breakdown

Opinião

Alabama Monroe concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014 e tinha força para isso. Quem assistiu a “Blue Valentine” vai entender quando eu disser que o clima é parecido. Filme em que os sentimentos não cabem dentro da tela; filme de amor intenso, mas de dor insustentável ainda maior. Permeando tudo isso está a música, que dá um ritmo especial do bluegrass, um som típico do sul dos Estados Unidos, com instrumentos acústicos como banjo, guitarra, violão, violino, em plena Bélgica. Uma mistura do caubói com a garota descolada-tatuada européia. Amarrado com o ingrediente universal: o drama humano da dor e da perda.

Assim como “Blue Valentine”, os personagens são apaixonantes – e apaixonados. Elise e Didier, ela tatuadora, ele, cantor de bluegrass, apaixonam-se, passam a cantar juntos, formam uma família, até que a pequena Maybelle fica doente. Mas o roteiro não é tão óbvio assim, linear. Nem confuso. É montado com idas e vindas, de modo que presente, passado e futuro se explicam – e se misturam. Era tudo uma coisa só. Um grande amor, que não cabia dentro daquela realidade.

Dizer mais que isso é contar o filme – e eu seria incapaz de chegar aos pés do que ele é realmente na tela. Desperta a beleza da doação, a ordem de prioridades da vida, a riqueza das relações humanas e a nossa ínfima capacidade de lidar com tantas emoções. De uma sensibilidade ímpar.

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