Opinião

Verdade seja dita: Aposta Máxima não tem absolutamente nada de novo. Nem no roteiro, nem no desfecho, nem mesmo na atuação dos famosos Ben Affleck e Justin Timberlake. Melhor dizer isso logo de cara, pra não frustrar. Principalmente porque esses dois atores são, de fato, chamarizes naturais: Affleck esteve muito em voga no começo do ano pela direção de Argo, pela qual foi super premiado; Timberlake é ator, mas também cantor, compositor, produtor musical, ou seja, um multitalento. Porém, isso não quer dizer que o filme seja bom, repito. Mas, o que me deixou desanimada, é que nem como atores eles fazem a diferença.

Sabem filme de ação que dá preguiça? Aposta Máxima é isso. Uma trama que se desenrola em função do personagem de Timberlake, Richie Furst, aluno de uma renomada universidade americana, que ganha uma grana extra incentivando alunos a jogarem pôquer num site. Ganha comissão, aposta suas economias e finalmente descobre que perdeu tudo porque o site trapaceou. Inconformado, pega o avião e vai tirar satisfação na Costa Rica com o dono do site, o poderoso Ivan Block, personagem de Affleck – que, na minha opinião não convence com sua falta de expressão. Block acha o garoto corajoso, o seduz com a promessa de muito dinheiro muito rápido e aí a trama toda se desenrola. Morna.

Tirando o lado improvável de tudo isso – coisa que faz parte da ficção e do cinema – o chato é que Aposta Máxima não te convence. Parece tudo artificial, os personagens não têm presença, atitude. Senti como se os dois atores estivessem ali cumprindo tabela, sabe? Boa grana, boa bilheteria (sim, esse tipo de filme ganha dinheiro), por que não fazer algo nas coxas? E mais: o tal triângulo amoroso que se forma de maneira óbvia é de desanimar qualquer um. Li que Affleck salva o filme. Não salva. Talvez se tivesse ficado na direção, teria conseguido imprimir um ritmo mais interessante. Mas com esse  roteiro…