BRUNO – Brüno

Cartaz do filme BRUNO – Brüno
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Opinião

Fiz o percurso inverso e assisti a O Ditador (em cartaz) antes dos outros dois filmes escritos e protagonizados pelo comediante inglês Sacha Baron Cohen (Bruno e Borat). Digo isso porque acho que acertei na mosca. Se tivesse visto Bruno antes dos outros dois, talvez nem tivesse me aventurado. Não costumo (fiz isso raríssimas vezes) deixar um filme no meio. Só insisti nas bobagens de Bruno porque não me conformei com o que vi. Desta vez, arrancar uma risada foi bem difícil.

Digo quase porque o filme tem dois bons momentos. O resto é vulgar (coisa que O Ditador não é, muito embora tenha um palavreado de quinta categoria e cenas realmente chulas). Bruno é um repórter austríaco, homossexual e afetadíssimo, especializado em moda, que quer de qualquer maneira virar uma celebridade nos Estados Unidos. Para isso, envolve-se em uma ação humanitária, adota uma criança africana e tenta até tornar-se hétero – como fazem os aspirantes a fama por aí, segundo ele. E no meio de tudo isso, satiriza os modos e costumes americanos, o culto às celebridades, a política americana, tudo em formato documentário. Portanto, o tema é interessante, atual, o formato é interessante, mas a linguagem visual e textual…
Talvez o trailer consiga passar (bem resumidamente) o que é Bruno. Sinceramente, não gostei do filme, mas diria que há dois pontos bem interessantes: quando Bruno tenta conciliar palestinos e judeus (lembre-se de que o ator, Sacha Cohen, é judeu) e quando compõe uma canção para uma campanha humanitária, em que divide o microfone com cantores mundialmente renomados, como Sting, Bono, Elton John. Esse final é bacana, divertido, fazendo uma clara alusão às imagens de We Are The World (quem não se lembra?) e de tantas outras vezes que os artistas famosos e milionários se reuniram para arrecadar fundos para as vítimas das enchentes, terremotos, fome, AIDS e outras tragédias mundo afora. Só que no caso de Bruno, o intuito era outro. Fama a todo custo!
De modo geral – e aqui não estou sendo moralista ou coisa parecida – tive vontade de adiantar o DVD algumas vezes. As piadinhas sexuais de mau gosto passam um pouco do meu limite. Não sei se do seu. Mas eu diria que em O Ditador, Cohen é mais engraçado, seu deboche vai mais para o lado do humor e da sátira do que da crítica e da agressão. E aí diverte, dá para recomendar por este viés. Já Bruno… por mim, poderia viver muito bem sem ele.

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