CIDADES DE PAPEL – Paper Towns

Opinião
Não tenho dúvidas de que Cidades de Papel será um sucesso. Assim como A Culpa é das Estrelas, este filme também é baseado em um livro de John Green – o escritor americano que fala para o jovens, através dos jovens, com histórias que fogem do óbvio. Claro que aborda tudo aquilo que já sabemos do universo juvenil, mas consegue fazer uma leitura subliminar, falar do pulo da adolescência para a fase adulta sem dar lição de moral, imprimir emoção e graça, além de dar um toque bacana sobre a tal da “maturidade” que chega com o tempo.
Não é à toa que a Fox fez um superlançamento do filme por aqui – se a expectativa de faturamento for parecido com A Culpa é das Estrelas, vai passar da casa dos 120 milhões de dólares. Eu acho que passa. Cidades de Papel tem um apelo interessante na escolha dos protagonistas. Margo, a garota mais popular da escola, aquela que todas as meninas querem imitar e a que todos os meninos desejam, é vivida por Cara Delevingne, uma linda modelo escalada pra o papel, num tiro bem certeiro. Tem uma beleza única, assim como é a sua personalidade no filme. Seu parceiro é o ator Nat Wolff, um ótimo amigo, um sujeito tranquilo e apaixonado. A máxima os-opostos-se-atraem é genuína: o selvagem com o caseiro, o imprevisível com o planejado.
Esses adjetivos mais parecem uma metáfora da juventude. Vai ver que é por isso que a identificação é tão forte e suas histórias fazem tanto sucesso no mundo todo entre os jovens. Vale dizer que os roteiristas também escreveram 500 Dias com Ela – tem algo semelhante no trabalho de fugir do contexto esperado dos adolescentes e dos relacionamentos. Melhor não ter lido o livro, porque as surpresas são bem-vindas. Mas duvido que os que leram terão coragem de deixar passar!
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