É PROIBIDO FUMAR

Cartaz do filme É PROIBIDO FUMAR

Opinião

Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Ator no Festival de Brasília de Cinema Brasileiro de 2009

Recebi um email na semana de estreia do filme, de gente que entende muito de cinema e de música. Disseram que valia a pena assistir a É Proibido Fumar e realmente vale. O filme é bacana, bem feito e principalmente inteligente. E acho que o fato de contar com Glória Pires (também em Se Eu Fosse Você e 2 e Lula – O Filho do Brasil) como protagonista, já ganha pontos por sua versatilidade e total entrega aos personagens.

Aqui ela é Baby, uma professora de violão que dá aulas em casa – para alunos certamente sem qualquer futuro na música – e que parou no tempo. Veste-se ainda como se estivesse nos anos 80, mora num apartamento que é a sua cara e mostra bem o perfil da mulher que permaneceu sempre no mesmo lugar. Ela é apegada a tudo que lembra o passado, vai acumulando tranqueiras, plantas e lembranças para preencher um vazio e por falta do que fazer, perde tempo brigando pelo sofá velho e rasgado da tia que já faleceu. O apartamento diz tudo, principalmente em contraste com o local de trabalho e o visual de sua irmã, na pele de Marisa Orth.

Tudo segue igual até que Max (Paulo Miklos, ator e ex-vocalista dos Titãs) se muda para o apartamento vizinho e começa o romance. Ele é músico, de bem com a vida, também ligado no passado e no vinil. Acho que a criação dos dois personagens estereotipados é que dá graça ao filme e foi na medida certa. E o cigarro? Bem, Baby conta com a sua companhia no dia a dia, mas tenta parar de fumar para não atrapalhar o romance. Mas não acho que seja por isso. A referência principal é o elevador do prédio onde moram. Além do romance, tem um pouco de suspense. O gatilho foi justamente o momento em que a câmera focaliza a placa com esses dizeres É Proibido Fumar”, pregada dentro do elevador. Apesar dela, um cigarro foi aceso. Depois disso, quem assistir, verá!

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