Opinião

Este feed anda bem feminino e não é para menos. Mulheres nas telas e atrás das câmeras. Escrevendo histórias e relatando suas experiências. Mulheres imprimindo seu olhar e finalmente contando como é que as coisas desta vida se dão na realidade.

ELA DISSE diz a que veio. Dirigindo por Maria Schrader (também diretora de “Nada Ortodoxa”), o longa é baseado no livro homônimo das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey, do The New York Times. Junto como Rebecca Corbett elas pilotaram a investigação que trouxe à tona os inúmeros casos de assédio sexual e violência psicológica na indústria cinematográfica. 

Tudo começou com a denúncia de assédio sexual por parte do chefão da Miramax, Harvey Weinstein. A partir daí, as duas jornalistas se juntam pra não só investigar, mas desmantelar a rede de invisibilidade criada ao redor das vítimas, que silenciaram durante tantos anos os abusos sofridos.

Não há excesso de drama, nem espetacularização. Também por isso o filme vale a pena — mesmo porque precisamos falar mais e mais disso. Foi a partir desta reportagem, que levou o prêmio Pulitzer, que o movimento #MeToo ganhou visibilidade e força. Foi o ponto de partida pra centenas de denúncias de abuso, estupro, assédio no ambiente de trabalho. A ordem é não silenciar. Só assim vem a mudança.