ÊXODO: DEUSES E REIS – Exodus: Gods and Kings

Cartaz do filme ÊXODO: DEUSES E REIS – Exodus: Gods and Kings

Opinião

Recentemente Nóe esteve nas telonas, retratando a passagem bíblica da criação da arca e do salvamento das espécies no dilúvio enviado por Deus. Agora é a vez de outro personagem, numa superprodução que gera controvérsias. Nenhum desses filmes têm o intuito de ser um retrato fiel do que está escrito na Bíblia e qualquer adaptação seria passível de críticas. Portanto, a dica aqui é a seguinte: se está a fim de assistir a uma filme cheio de batalhas, traições, amores e rumores, com um bonito visual, a história de Moisés será um bom entretenimento.

Essa passagem do Antigo Testamento é, por si só, fantástica. Moisés está na pele de Christian Bale (também em O Império do Sol, O Vencedor, Trapaça, a trilogia Batman) e é ele quem conduz o povo judeu pelo deserto por 40 anos até a Terra Prometida, após libertá-lo da escravidão egípcia que durou 400. Como se sabe, Moisés é criado pelo faraó Seti (John Turturro) junto com seu filho Ramsés, sem saber que era hebreu e escolhido por Deus para libertar seu povo.

Êxodo: Deuses e Reis é bem mais convincente do que Noé e prende mais a atenção – muito embora tenha as suas “licenças poéticas”, como Deus representado por uma criança. Mas o diretor Ridley Scott fez um filme para multidões e para grandes bilheterias (nos Estados Unidos está no topo e já arrecadou alguns bons milhões). Mostra o povo escravizado construindo os suntuosos palácios e as pirâmides do Egito, as pragas que caem sobre Ramsés, o implacável e megalomaníaco faraó, e seu povo, o chamado de Deus e Moisés escrevendo os Dez Mandamentos. Todo o contexto histórico tem um cuidado especial e é sempre interessante repassar o momento e reparar nos detalhes da suntuosa civilização.

No entanto, faz tempo que não temos no cinema um grande filme que impressione pela beleza e pelo impacto emocional como fez Lawrence da Arábia, O Último Imperador e O Gladiador, do mesmo Ridley Scott. Êxodo: Deuses e Reis vai arrecadar um bom dinheiro, com certeza. Mas faltou algo que gerasse a genuína emoção que o momento histórico merece.

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