MEU REI – Mon Roi

Cartaz do filme MEU REI – Mon Roi

Opinião

Emmanuelle Bercot é a diretora do ótimo De Cabeça Erguida, com Catherine Deneuve. É intenso, com personagens femininas fortes e fundamentais na condução do futuro de um adolescente cheio de conflitos. Pra fazer o papel que Bercot faz em Meu Rei – uma mulher que se apaixona, oscila entre a extrema felicidade e o desespero e bate no fundo do poço do relacionamento – é como se ela continuasse nessa vibração feminina da intensidade do amor maternal, conjugal e, por fim e finalmente, pessoal. É preciso se amar pra recuperar-se de tanto desbalanço.

Bercot é Tony, uma mulher resolvida e solteira, que se apaixona por um homem sedutor, cheio de vida e de atitudes bipolares. Ora amável, ora agressivo, leva o relacionamento àquele extremo impossível de suportar. Lembra Amor Em 5 Tempos, de François Ozon. Quando não há mais nada o que fazer.

A outra ponta de Meu Rei é feita pelo ator Vincet Cassel (também em Cisne Negro, À Deriva). Georgio se sente o rei, o dono do pedaço, acima de tudo e de todos. E sabe que é sedutor, claro. Sabe do seu poder, usa e abusa, passa do limite da sanidade. E da possibilidade de manter o casamento.
Impactante. Até incomoda. Retrato de muitos que têm por aí.

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