O GAROTO DE LIVERPOOL – Nowhere Boy

Cartaz do filme O GAROTO DE LIVERPOOL – Nowhere Boy

Opinião

O lançamento de O Garoto de Liverpool em 2010 não foi à toa. Naquela ano, John Lennon teria completado 70 anos e dia 8 de dezembro foram 30 anos da sua morte. Vem relembrar o ícone, aquele que era considerado um caso perdido pelos diretores da escola onde estudou (o Nowhere Boy do título em inglês dá mostras claras de que não acreditavam que ele fosse chegar mesmo em algum lugar).

Embora furadas essas previsões, não é disso que o filme fala. Ele trata justamente da outra fase de Lennon, anterior à fama. Fala da sua primeira banda, do encontro com Paul McCartney, então com 15 anos, das suas peripérsias longe da escola e da faculdade, do gosto pelo rock de Elvis. Tudo isso constrói o começo do que viria a ser o líder dos Beatles. Mas o garoto de Liverpool não é só sucesso e é desse aspecto que o filme trata também. Abandonado pela mãe, criado pela tia Mimi (Kristin Scott Thomas, também em Partir, O Paciente Inglês, Há Tanto Tempo que Te Amo), sem saber o paradeiro do pai e tendo presenciado a morte do tio que o criou, John Lennon vive as angústias da ausência dos pais e do desconhecimento das razões do abandono.

O Garoto de Liverpool não dá a John um ar de futuro ídolo. Pelo contrário, mostra suas inseguranças e medos, típicos da passagem da adolescência para a vida adulta e próprios de quem tem um histórico familiar como o dele. Sempre é bom lembrar de John Lennon, sempre é interessante conhecer mais a vida desses personagens eternizados. Seria interessante produzir a sequencia disso – o final, todos nós já sabemos qual é.

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