O SILÊNCIO DE LORNA – Le Silence de Lorna

Cartaz do filme O SILÊNCIO DE LORNA – Le Silence de Lorna

Opinião

Vencedor de Melhor Roteiro em Cannes

Nunca me esqueci da entrevista com um brasileiro radicado na Europa, especialista em migração, no rádio. Ele dizia que a Europa vive o caos com a migração de tanta gente, seja do Leste Europeu, seja dos países africanos, com falta de perspectiva, de empregos, de legalização. Segundo ele, o caos só poderá ter algum alento se as autoridades se voltarem para os países de origem dessas pessoas. A saída seria investir em infraestrutura, educação, empregos, etc para que as pessoas não precisassem migrar. Seria a única saída.

Lorna é albanesa, migra para a Bélgica, casa-se com Claudy para conseguir a cidadania – ele, por sua vez, aproveita-se do dinheiro para manter o vício. Obviamente, relações como estas estão fadadas ao fracasso, mesmo antes de começar. Aqui não é diferente e vale a pena conferir a rotina, os desafios, as trapaças dessa gente que está disposta a tudo para sobreviver.

O filme peca no final. Não entendi. Vale dizer que eu não sou do tipo que exige um final, que se irrita com filmes sem um conflito específico, com sem ação, com aqueles que falam das coisas da vida. Não. Gosto disso, dos finais que deixam dúvidas, reflexões. Inclusive, outro filme dos irmãos Dardenne, A Criança, também tem um final sem conclusão. Mas aqui foi diferente. No caso de O Silêncio de Lorna, não precisava desse final nonsense e sem qualquer sinal de veracidade. Uma pena. Porque a proposta do filme é muito interessante e, esta sim, real.

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