OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES – The Girl with the Dragon Tattoo

Cartaz do filme OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES – The Girl with the Dragon Tattoo

Opinião

Suspense puro. Daqueles de não desgrudar os olhos da tela. A história gira em torno de uma garota desaparecida há cerca de 40 anos – o que, a princípio, não tem nada de original. Mas vale dizer que a trama é muito bem articulada e amarrada. Parece fazer jus ao livro homônimo de Stieg Larsson, o primeiro da trilogia Millennium (os outros dois são A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar) – o que é uma boa surpresa, já que nem sempre as adaptações são fidedignas e tão interessantes quanto a história já contada em livro.

Neste caso, é interessante também pelos assuntos que aborda. Uma moça desaparece misteriosamente e 40 anos depois um jornalista investigativo é chamado para desvendar o caso que a polícia não conseguiu nem pistas. Além da trama, o filme sueco fala da inclemente invasão de privacidade nesse nosso mundo virtual, retrato do que é o mundo real de hoje. É graças a ela que o jornalista recebe reforço na sua tarefa, na figura inusitada e estranha, ao mesmo tempo forte e frágil, da hacker Lisbeth. Juntos eles decifram os códigos, o passado e o presente se misturam, os crimes sexuais saltam aos olhos, assim como a frieza dos personagens.

Interessante um suspense sueco – foge bastante daquele estilo contemplativo e calmo que vem dos países nórdicos. Interessante a construção dos personagens-detetives, tão diferentes e tão complementares, que juntos são capazes de gerar uma grande curiosidade pelo que a acontece na sequência da série. Quem quiser se adiantar, o segundo livro está nas livrarias. Parece que a trilogia está também na mira de Hollywood – gosto da versão sueca, do olhar europeu impresso na telona pelo diretor Niels Arden Oplev, das características cruéis e bizarras dos personagens. Pena o autor Stieg Larsson não ter tido o gostinho do sucesso – morreu repentinamente aos 50 anos, antes de a série estourar na Suécia e no mundo todo.

 

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