PARADISE NOW

Cartaz do filme PARADISE NOW
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Opinião

Aproveitando o gancho da 9a MOSTRA DO MUNDO ÁRABE DE CINEMA, que começa hoje em  São Paulo e tem como filme de abertura Omar, de Hany Abu-Assad, fui ver seu filme premiado Paradise Now, vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro representando a Palestina. Mais emblemático, impossível – visto o estouro do barril de pólvora que se tornou o Oriente Médio.

E merecido. Paradise Now (tem no Netflix) conta a história de dois amigos de infância que vivem enclausurados em uma cidade da Cirsjordânia, isolada e ocupada por Israel. Levam uma vida aparentemente normal, mas não se conformam com a situação política e fazem parte da porção que acredita que é preciso agir com violência, já que os palestinos não podem competir com o poder militar do estado judeu. Para tanto, são homens-bomba voluntários. Quando são realmente convocados a participar de um atentado terrorista em Telaviv, as questões e dúvidas do preço humano a ser pago surgem de maneira arrasadora.

Mas nem tudo dá certo conforme detalhadamente planejado pelos líderes do grupo e os questionamentos vem à tona com mais força ainda. Atentado surte afeito de mudança política? Gera mais violência? Seria possível resistência pacífica? E a família, como fica depois que eles explodirem? Quem faz esse papel é a amiga Suha (Lubna Azabal, também em Incêndios), que sabe que não haverá solução através dos ataques e revides infindáveis.

Entra na lista dos filmes interessantes sobre o Oriente Médio, que já merece ser reeditada aqui no Cine Garimpo. O mínimo que temos que fazer é parar para refletir. Paradise Now trata o drama humano de uma maneira forte e marcante, na figura dos amigos que se vêem numa encruzilhada, perdidos e sem propósito de vida, levados pelo impulso. Atual e necessário, o filme traz toda a discussão que está na pauta das últimas semanas: intolerância religiosa espalhada pelo Oriente Médio feito praga.

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