ROBOCOP

Cartaz do filme ROBOCOP
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Opinião

Se você não gosta de filmes de super-heróis, nem de ação, nem futuristas, antes de torcer o nariz para o novo RoboCop, ou melhor, o policial-robô, saiba que ele é dirigido pelo brasileiro José Padilha, o mesmo de Tropa de Elite. Aliás, tudo isso por causa de Tropa de Elite. Não foi um convite à toa, nem aleatório. O olhar de Padilha (também de Última Parada 174) dessa caótica relação entre cidadãos-policiais-metrópole é o que chamou a atenção dos executivos da Sony. Com tanto diretor americano bom, ter o brasileiro na linha de frente de uma mega produção como esta não é pouca coisa.

E o filme também não é pouca coisa. Além de muito bem feito, trata a questão do policial-robô de uma maneira humana, por assim dizer. Afinal, ele é um robô, mas é homem. Explico: o detetive Alex Murphy (Joel Kinnaman) fica seriamente ferido em um atentado. Sua única chance de sobreviver é servir de cobaia para uma experiência inusitada, pilotada por uma multinacional fabricantes de robôs. Seria metade homem, metade robô, seguindo a linha de defesa usada pelo  exército americano em outros países como o Iraque. Nos Estados Unidos, os robôs não são bem-vindos como substitutos para os policiais, por não terem a abordagem da emoção, do contato humano. Ter Alex dentro de uma estrutura altamente potente, capaz de combater a corrupção e o crime na Detroit dos anos 2028, parece uma mina de ouro para a empresa que só quer ganhar dinheiro.

É assim que surge esse RoboCop, temperado com o drama familiar do pai e marido Alex. Padilha sabe equilibrar o frágil balanço entre trabalho e lazer, razão e emoção, corrupção e ética, tática e tecnologia, o que faz de RoboCop um bom filme de ação e de efeitos especiais. Não foi tão bem na semana de abertura nos Estados Unidos, mas no Brasil terá um apelo forte. Ainda mais se todos souberam quem está por trás das câmeras.

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