SUPREMA – On the Basis of Sex

Cartaz do filme SUPREMA – On the Basis of Sex

Opinião

Está na pauta do dia a história de mulheres do calibre da juíza Ruth Bader Ginsburg – embora ela seja bem fora da curva. Aos 86 anos, ainda luta por direitos iguais para homens e mulheres, é uma mulher de vanguarda e uma das primeiras a ser nomeada para a Corte Suprema americana. O que Suprema, de Mimi Leder, conta de diferente é a história do primeiro caso que Ruth defendeu – e esta é a chave da sua inteligência.

O título original carrega esse significado. On the Basis of Sex conta que Ruth, advogada de Harvard quando pouquíssimas mulheres ousavam tentar entrar na faculdade de Direito nos anos 50, enfrenta o mundo masculino dos escritórios de advocacia e tem poucas opções a não ser  lecionar. Na busca por posicionar-se contra o preconceito e resistência por que passa a mulher naquela momento, depara-se com o caso de um homem que entra na justiça pelo direito de ter uma pensão para poder cuidar da mãe doente, mas perde por ser homem. Ruth vai aos tribunais para que os direitos sejam iguais, independente do sexo.

Bem feito, e num formato de cinebiografia linear e sem surpresas, conta uma história real de coragem e determinação que cai no gosto da maioria das pessoas, com ótima atuação de Felicity Jones (também em A Teoria de Tudo) e Armie Hammer (também em Me Chame Pelo Meu Nome). Melhor se puder ser completada com o documentário RBG, de Julie Cohen e Betsy West, que concorreu ao Oscar na categoria e traz um panorama completo e minucioso desta mulher à frente do seu tempo. Aí, sim, chegamos mais perto de entender a sua dimensão.

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