TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS – Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives

Cartaz do filme TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS – Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives

Opinião

Para pensar – e muito. Este filme do tailandês Apichatpong Weerasethakul ganhou a Palma de Ouro em Cannes em 2010 e fiquei pensando com os meus botões onde foi que eu perdi o fio da meada. O filme não pretende ser blockbuster, e portanto é indicado para um nicho que aprecia o cinema contemplativo. É para quem gosta de produções sensoriais e para quem não se preocupa com o tempo das cenas, mas sim com o sentimento que elas trazem à tona.

De modo geral, posso afirmar – sem medo de errar – que eu sou uma dessas pessoas. Mas desta vez, confesso que as vidas passadas de tio Boonmee me cansaram, suas recordações custaram a me impressionar e acabei me frustrando por achar que a monotonia do filme foi um pouco além do meu limite. A história não deixa de ser interessante: tio Boonmee é um doente terminal e resolve passar seus últimos dias com a irmã na sua cabana na floresta. Os mortos que vê em forma de gorilas com olhos vermelhor vão além do esquisito e, diferente do que disseram alguns críticos, achei até de mau gosto.

Entretanto, há um aspecto do filme que vale ressaltar – se tivesse que premiá-lo em alguma categoria, seria essa. A direção de som é impressionante, reproduzindo o barulho da floresta com uma intensidade muito grande – ainda mais se o cinema tiver um bom sistema de áudio. Mas isso não bastou para que eu me encantasse. Uma pena. Parece que quando foi exibido e premiado em Cannes, houve muita gente que torceu o nariz. E que ficou com um sono…

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