NEBRASKA

Cartaz do filme NEBRASKA
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Opinião

A beleza que há em Nebraska transcende sua já linda fotografia em preto e branco. A sutileza do filme vai além da complexa relação familiar, em que todos tenham ganhar um pedaço de tempo a seu favor. A delicadeza, supera o amor entre pai e filho, que não precisa ser explícito para ser verdadeiro. Mas é sempre melhor e mais genuíno quando o é.

Coloco Nebraska na prateleira das produções alternativas, que andam contra a maré: não é colorido, não é veloz, não é conclusivo. É um retrato de uma família comum, com uma fio condutor muito original e simbólico da terceira idade. Woody Grant (Bruce Dern, que está na luta pelo Oscar de melhor ator) é um senhor rabugento e solitário, que recebeu uma daquelas correspondências no mínimo suspeitas. Teria ganho 1 milhão de dólares em um sorteio. Para checar o prêmio, teria que ir até a tal empresa em Nebraska e teima em ir a pé. Apesar de a esposa e os filhos – mais realistas – dizerem que isso não pode ser verdade, Woody não desiste da ideia.

Seu filho David parte, então, em um road movie com o pai. Visitam membros da família, reúnem-se com outros, topam com velhos amigos – ou inimigos – lavam muita roupa suja e pincelam com um fino humor o ambiente desolador. A convivência traz à tona o bom e o podre das relações familiares e tudo aquilo que tem dentro de cada um dos  Grant. Repito que a fotografia é simples e maravilhosa. Carregada de significado, está em perfeita harmonia com a vida familiar comum, sem cor e sem brilho, mas com contrastes incríveis e muito emoção represada. Já é consenso que a comunicação é o grande mal que mina as relações. Não sei se o diretor Alexander Payne (também de Os Descendentes, Side Ways, episódio de Paris, Eu Te Amo) concorda, mas o tom do filme leva a crer que sim. Vide o fraterno desfecho.

OSCAR 2014: indicado em melhor filme, diretor, ator, atriz coadjuvante, fotografia, roteiro original

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