O TRAIDOR – Il Traditore

Cartaz do filme O TRAIDOR – Il Traditore

Opinião

Fui apresentada ao cinema de Marco Bellocchio quando nasceu o Cine Garimpo, em 2009, com seu belíssimo VINCERE. Ficou marcado na minha memória e sempre que assisto Bellocchio, lembro da história da ascensão de Mussolini pelo olhar de Ida Dalser, sua amante e mãe do seu primogênito. Avançamos no tempo histórico em O TRAIDOR pra contar a história que soa familiar, porque ouvimos falar bastante dele nos anos 1980 aqui no Brasil. Tommaso Buscetta era um dos chefões da máfia siciliana, a Cosa Nostra e encontra no Brasil o refúgio perfeito quando a guerra entre os mafioso se acirra em Palermo, na Itália. 

Ele se casa com Maria Cristina (representada por Maria Fernanda Cândido) e Bellocchio mostra o que foi sua vida no Brasil – regada à regalias e luxo, coloca o Brasil na rota do tráfico internacional de drogas, pra nunca mais sair. É preso, extraditado e decide colaborar com a polícia — o que os italianos chama de “pentiti”. No filme de Bellocchio, ele é O TRAIDOR do título, que entregou seus comparsas ao juiz Falcone, que acaba assassinado como tantos outros naqueles anos 80 e 90, numa guerra sangrenta entre a justiça e os mafiosos.

Uma história que pertence aos nossos tempo, cuidada do começo ao fim pra deixar a gente totalmente envolvidos nessa dinâmica impressionante de poder, grana, violência, honra. Essa dinâmica, que só muda de endereço, mas tem formato exportado pra todo o mundo.

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