TETRIS

Cartaz do filme TETRIS

Opinião

Este é um momento com tantas inovações e atualizações, novas formas de interação, inteligência artificial e tudo mais que está quebrando paradigmas o tempo todo e nos deixando baratinados, com aquela sensação de onde-é-que-vamos-parar, que esquecemos daqueles momentos em que tudo começou. Já temos registrado em filmes e séries a história do Facebook, do Spotify, do WeWork. Agora chegou a vez do TETRIS — que eu duvido que você nunca tenha jogado.

TETRIS foi um jogo inventado pelo russo Alexey Pajitnov em 1984, no finalzinho da Guerra Fria, quando o comunismo estava capenga, mas manter as portas da União Soviética fechadas era a maneira que as autoridades russas tinham de lucrar algum. Corrupção rolando solta por lá, quem se envolve com essa trama é o holandês Henk Rogers (Taron Egerton, também em Rocketman), que é vendedor de games meia-boca, descobre o Tetris em uma feira de jogos e tenta comprar as licenças pra comercializá-lo mundo afora.

O que ele não sabe é que vai se meter com uma rede de corrupção de empresas americanas, políticos russos e a KGB, antes de conseguir fazer deste jogo o sucesso que foi. Nesta rede estão a Nintendo e o célebre GameBoy, a revolução tecnológica do momento com computadores pessoais e os games dominando o trabalho e o entretenimento, e a queda do comunismos soviético, num caminho sem volta.

Entretenimento garantido, claro que com uma pegada de fuga-no-último-minuto-hollywoodiana. Mas isso não desmerece. Tem ritmo bom, uma ótima história que acessa memória afetiva e o recurso do design gráfico dos games e do próprio Tetris na construção dessa história.

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