UM DIVÃ PARA DOIS – Hope Springs

Cartaz do filme UM DIVÃ PARA DOIS – Hope Springs

Opinião

O que esperar de um filme que fala da tentativa de revitalizar a vida a dois já na casa dos 60, depois de 31 anos de casamento, filhos fora de casa, rotina, rotina, rotina? Eu não esperava muita novidade, confesso. Mas também confesso que dei risada com algumas situações tragicômicas, graças aos diálogos bem pensados para o empático casal Meryl Streep e Tommy Lee Jones, dirigidos por David Frankel, também de Marley e Eu e O Diabo Veste Prada. E bem característicos do casamento que já é “mais do mesmo”.

Claro que Meryl Streep (também em Julie & Julia, Dúvida, As Horas, Entre Dois Amores, Kramer X Kramer) atrai por si só. Depois do Oscar de melhor atriz em A Dama de Ferro este ano, Meryl faz o papel de uma mulher da sua idade mesmo (ela tem 63 anos), que tenta desesperadamente resgatar o romantismo do casamento, o afeto do marido e o sexo. Para tanto, contrata um terapeuta especializado em casais, na pele do ótimo Steve Carell (também em Amor a Toda Prova, Pequena Miss Sunshine), para tentar reverter o que já é um caso quase perdido.

Um Divã para Dois (Hope Springs no original) me lembrou também Simplesmente Complicado, com a própria Meryl Streep, aqui com Alec Baldwin e Steve Martin, em que a longa relação do casamento é discutida e remodelada – embora de outra maneira. Também me veio à mente o bonito Late Bloomers – O Amor Não Tem Fim, com Isabelle Rossellini e William Hurt. Sempre no foco do resgate do amor e na reinvenção da relação desgastada pela ação do tempo. E ainda, para quem quiser um outro viés mais focado na saída dos filhos de casa, e o olhar do sempre sensível do cinema argentino, Ninho Vazio, de Daniel Burman, é uma bonita leitura dessa fase da vida. Filmes não faltam, inspirem-se! E torçam para um final feliz!

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