literatura
Sempre acho curioso assistir a filmes portugueses com legenda. Em português. Em Cartas da Guerra é bom que tenha mesmo – não só porque muitas vezes não entendemos o sotaque lusitano, mas porque o texto é poesia pura. Baseado nas cartas que o escritor Antonio Lobos Antunes escreveu enquanto esteve na Guerra Colonial Portuguesa em […]
Preste bastante atenção nos detalhes de O Cidadão Ilustre. Filme bom é assim, vai crescendo, se formando e se transformando. Cheio de situações caricatas – e você só consegue entender tudo isso na última cena. Perspicaz esse diretor Gastón Duprat, também no ótimo O Homem ao Lado, sobre a estética que desumaniza as pessoas. O astro é o […]
A pergunta que não quer calar é a seguinte: qual é o limite entre a convicção e a inflexibilidade? Emily Dickinson, poetisa americana que viveu em meados do século 19, escrevia como alguém de vanguarda. Não entendo nada de poesia, mas veja esta, por exemplo: “A palavra morre Quando é dita, Alguém diz. Eu digo […]
Vale lembrar que, antes de cineasta, Tom Ford foi o estilista responsável pela revitalização da Gucci, porque é preciso ficar de olhos bem abertos para a estética impecável de tudo que ele faz – inclusive seu filme anterior, Direito de Amar. ANIMAIS NOTURNOS traz, também no visual, uma intensidade absurda – chega a rasgar o […]
Nestes tempos em que são produzidas muitas biografias no cinema (me pergunto se essa é uma tendência ou simples acaso), lembrei-me de rever Capote, já que Foxcatcher, em cartaz, é do mesmo diretor, Bennett Miller. Lembro-me de que quando vi Capote pela primeira vez, fui atraída pelo estilo do texto desse excêntrico escritor americano. Adoro sua maneira de colocar as […]
Em Mumbai, na Índia, todos os dias são entregues 175 mil marmitas através de um sistema ultra rudimentar, mas muito eficiente e de baixíssimo custo. As marmitas, ou lunchbox, são preparadas pelas esposas dos trabalhadores, recolhidas na residência por um distribuidor, chamado dabbawalla, que de bicicleta envia para outro, que pega o trem, que entrega para o receptor […]
Lembro de ter me emocionado com a leitura de A Menina que Roubava Livros. Ler sempre deixa a mente mais livre para imaginar, ainda mais do ponto de vista de Markus Zusak, que coloca a morte como narradora do drama. E ainda, a partir do prisma da importância do conhecimento, da literatura, da comunicação, da […]