MINHA PEQUENA TERRA – My Small Land

Cartaz do filme MINHA PEQUENA TERRA – My Small Land

Opinião

Festivais de cinema são lugares perfeitos pra garimpar pérolas que nos levam pra lugares nunca antes visitados. Já pensou em conhecer a vida de refugiados curdos no Japão? Nem sabia que havia curdos por lá? Pois é, você não é o único.

Mas tem e MINHA PEQUENA TERRA traz uma história de ficção que espelha a realidade de milhões de pessoas mundo afora, que fogem de seus países de origem tentando escapar da guerra, da fome, da perseguição religiosa ou política. Fogem pra outro canto, buscam asilo e residência permanente, pra começar uma nova vida.

Este foi o tom do debate sobre MINHA PEQUENA TERRA lá no amado Petra Belas Artes, filme garimpado na Berlinale, quando levou a Menção Especial concedida pelo Júri da Anistia Internacional. Junto com Liana Nakamura e Franthiesco Ballerini, falamos sobre a protagonista Sarya, uma garota curda de 17 anos, que chegou no Japão com a família aos 5, porque seu pai estava sendo perseguido. Por ter incorporado totalmente o modo de vida, a cultura e os costumes japoneses, assim como o idioma, Sarya é o ponte entre sua família e outros curdos com os japoneses. 

Mas os desafios são muitos, inclusive burocráticos. Conhecido pelas regras rígidas de acolhimento aos refugiados, o Japão nega o visto à família e o mundo imaginado por Sarya — que incluía a universidade, namorado e a profissão de professora — desmorona.

Humano e sensível, MINHA PEQUENA TERRA fala intimamente com o Brasil também, já que aqui chegam refugiados vindos de diversos cantos do mundo em busca de acolhimento e vida digna. Um filme universal e, ao mesmo tempo, capaz de ensinar sobre as culturas japonesa e curda, e fazer refletir sobre o mundo de hoje.

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